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Ilha Grande: O Paraíso escondido no antigo presídio

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Localizada no município de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro,  Ilha Grande foi descoberta quase na mesma época que a Cidade Maravilhosa. Era habitada por índios e, no início da colonização européia, sofreu ataques e presenciou guerras entre franceses e portugueses.

Saindo um pouco da história e indo para presente, a Ilha abrigou o presídio utilizado na época da ditadura do Estado Novo, que ficou mais conhecido após a publicação da obra de Graciliano Ramos, “Memorias do cárcere”.  O presídio foi demolido em 1994 e, desde então, a economia da ilha foi baseada no turismo, devido às belezas naturais lá existentes.

A maior parte da infraestrutura do local, com postos de saúde, escolas, polícia e bombeiro se concentra na Vila do Abraão. O local também conta com diversos campings, bares, restaurantes, pousadas e vendas de passeios pela Ilha, sendo mais procurado pelos turistas, devido às variedades.

As belezas da Ilha que encantam

Maria Mariana Ferreira, 22, é praticamente moradora da Vila do Abraão, já que seu pai vive há anos lá. “Eu amo esse lugar. Tenho paz e tranquilidade. Venho sempre visitar meu pai e aproveitar os encantos da natureza”. A jovem, que conhece quase toda a Ilha, conta seu lugar favorito, a praia Aventureiro.  “Sempre passo minhas férias lá. É mais afastado e um pouco mais complicado de ir, mas não existe praia mais linda”.

E não só Maria que compartilha desse pensamento. Brigida Brito, 21, também escolhe o Aventureiro como a melhor praia da Ilha. “Eu conheci por causa da Maria. Passamos o ano novo lá e foi o melhor da vida. Sem agito, sem aquela “muvuca” de cidade grande. Um verdadeiro encanto, fora as belíssimas paisagens que dão fotos lindas”, conta a jovem.

Para quem não conhece, a praia do Aventureiro conta com uma vila de pescadores e com  coqueiro famoso, que parece estar deitado, sendo o cartão-postal do local. Para chegar, até lá, o caminho é feito por trilhas ou 12715741_1690790067799774_3793750354467971615_nbarcos. Lá não existe pousada, mas quartos simples que os próprios moradores alugam, além de campings domésticos e rústicos. Não há comércio e a energia elétrica é por meio de pequenos geradores. Também não há sinal de telefone e existe um controle ambiental, em que a capacidade de ocupação diária é de 560 pessoas. Ou seja, é necessário licença para ir e permanecer no local.

Lopes Mendes e a Lagoa Azul 

Há dois lugares para se conhecer quando se planeja conhecer Ilha grande: A praia de Lopes Mendes e a Lagoa Azul. Entre as dez praias mais bonitas do mundo, Lopes Mendes e sua paisagem selvagem é um paraíso acessível por barco e trilha. É um local quase deserto com muita sombra devido às amendoeiras que ficam em sua orla. Os principais atrativos são surf por conta do mar agitado, porém com pouca profundidade e água transparente. Não há restaurantes no local e, hoje em dia, não conta com moradores locais, apenas turistas. Caso opte por chegar à praia por meio de trilha, são 10km andando desde o Abrãao, passando por três praias: Grande, Aroreira e de Palmas. Mas, se preferir, o trajeto pode ser feito de barco, que sai também da Vila do Abraão e leva, em média, 30 minutos, mas, é preciso fazer uma trilha de 20 minutos para chegar ao paraíso.

Já a Lagoa Azul é um dos lugares mais visitados de Ilha Grande. Seu nome é devido ao filme, já que o local lembra onde foi filmado o clássico dos anos 80. É uma piscina natural localizada entre duas ilhotas e só se pode chegar a ela por meio de barcos, escuna ou slide-passeio-lagoa-azul-enseada-do-bananal-ilha-grande-03-14-1041lancha. Na Lagoa Azul, as embarcações ficam ancoradas, sendo  possível descer e nadar junto dos peixes.  O tempo médio para se chegar até a Lagoa Azul é de 45 minutos saindo da Vila.

Para a turismóloga Cleusa Bittencourt, os encantos da Ilha vão além das belíssimas praias. “Após o fim do presídio, com a volta da segurança, a população local pode se organizar melhor e ter o turismo como fonte de renda. E isso acontece diariamente. Eles organizam festas para atrair o público e não deixar a diversão apenas para o dia, embora seja o que atrai de imediato”.

Segundo Cleusa, a reestruturação do vilarejo foi um ponto positivo para todos, principalmente para os turistas, que podem desfrutar de um local rústico, romântico e com belezas naturais. “O clima mudou tanto que nem parece aquele local tenso, que vivia com medo das fugas e presos”, finaliza.


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